A Blue Marine Telecom, empresa do Zmax Blue Ship Group, assinou um contrato em junho de 2025, em consórcio com a fabricante Geospace Technologies Corporation, para instalar um sistema de monitoramento sísmico permanente de reservatórios de óleo e gás para o Consórcio de Libra, na área abrangida pelos sistemas de produção de Mero 3 e 4 (FPSO Marechal Duque de Caxias e FPSO Alexandre de Gusmão, respectivamente), no campo de Mero, na Bacia de Santos (RJ).
O projeto envolve cerca de 530 km de cabos ópticos submarinos, mais de 2.660 sensores sísmicos e umbilicais ópticos (fornecidos pela MFX do Brasil), cobrindo aproximadamente 140 km² em águas profundas. A conclusão está prevista para meados de 2027, com operação do sistema por mais quatro anos. A tecnologia empregada é a OptoSeis 4D da Geospace Technologies Corporation, parceira da Blue Marine no fornecimento e operação.
Este é o segundo projeto desse tipo no Brasil, com o primeiro sendo instalado na área abrangida pelos sistemas de produção de Mero 1 e 2 (FPSO Guanabara e FPSO Sepetiba, respectivamente) e um piloto anterior em Jubarte (2012). O objetivo é coletar informações sísmicas por meio de sensores permanentes para o monitoramento contínuo do comportamento dos reservatórios, auxiliando o planejamento estratégico da Petrobras.
Rodrigo Magarotto, diretor executivo da Blue Marine Telecom, destaca que o projeto é um marco na consolidação da empresa na indústria de óleo e gás e comunicação óptica submarina, ressaltando a parceria com a Geospace e a MFX.
“O que esperamos agora é executar mais este projeto com um alto nível de excelência e qualidade, pois sabemos que seu sucesso impulsionará diversos outros dessa natureza aqui no Brasil”, diz Rodrigo. “E com a expertise adquirida durante esta implantação, a Blue Marine Telecom estará ainda mais capacitada para atender as demandas futuras”, afirma.
Os sistemas de produção de Mero 3 e 4 estão entre os mais produtivos do mundo, com profundidades entre 1.800 e 2.100 metros.
A Blue Marine já atua nas bacias de Santos e de Campos em outros grandes projetos de cabos submarinos para a Petrobras, incluindo a instalação de malhas ópticas submarinas que conectam múltiplas plataformas a estações em terra.
O Consórcio de Libra é operado pela Petrobras (38,6%), em parceria com a Shell Brasil (19,3%), TotalEnergies (19,3%), CNPC (9,65%), CNOOC (9,65%) e Pré-Sal Petróleo S.A – PPSA (3,5%), como gestora do contrato de partilha de produção e representante da União na área não contratada.