Segurança e resiliência de cabos submarinos no Brasil

Recentemente, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República – GSI enviou à Agência Nacional de Telecomunicações – Anatel uma série de recomendações com o intuito de fortalecer a segurança e a resiliência dos cabos submarinos em operação no Brasil. Segundo o portal especializado TELETIME, essas recomendações são fruto de dois anos de trabalho do Grupo Técnico de Segurança das Infraestruturas Críticas, que é coordenado pelo gabinete. Com atuação destacada no segmento de cabos submarinos no Brasil, onde está à frente de dois dos maiores projetos do gênero, a Blue Marine Telecom tem na questão da segurança dessas instalações uma preocupação constante.

Nesse sentido, integrantes da equipe da Blue Marine vêm participando efetivamente de grupos de estudo para a criação do Comitê Brasileiro de Proteção de Cabos Submarinos, que contará com representantes das operadoras dos serviços de telecomunicações e das entidades governamentais – como Anatel, GSI, Ibama, Marinha do Brasil e Secretaria do Patrimônio da União – SPU –, entre outras envolvidas com a instalação, operação, manutenção e segurança desse tipo de infraestruturas na costa brasileira.

“Acreditamos que a inquietação dos órgãos do Governo Federal em relação a esse assunto surgiu quando foi divulgado um projeto para a instalação de uma usina de dessalinização de água na Praia do Futuro, em Fortaleza, Ceará, cuja localização ameaçava a operação dos cabos submarinos e data centers instalados naquela localidade”, comenta Romualdo Rocha, gerente de desenvolvimento de negócios da Blue Marine Telecom. Ele explica que, dos 16 sistemas de cabos submarinos com ancoragem no Brasil, dez têm chegada em Fortaleza. “Esta situação tem preocupado as entidades governamentais sobre o modelo de proteção, possibilidade de cortes e a garantia da operação dessa infraestrutura”, diz Romualdo.

Outro ponto destacado pelo gerente e que é acompanhado de perto pela Blue Marine é a tramitação no Congresso Nacional do Projeto de Lei 270-2025, que visa estabelecer uma Política Nacional de Infraestruturas de Cabos Subaquáticos (PNICS). Seu objetivo é buscar a proteção e a expansão e garantir a sustentabilidade dessas infraestruturas críticas que operam em águas jurisdicionais brasileiras (AJB).

Em 2024, a Marinha do Brasil realizou pela primeira vez um exercício de proteção aos cabos submarinos, para testar e aprimorar protocolos de segurança e reforçar a capacidade de resposta a incidentes desse tipo. Na ocasião, a atividade contou com a atuação integrada de vários outros órgãos governamentais e empresas do setor. Parte das conclusões foram incluídas como justificativas no documento de apresentação do PL 270-2025. “A Marinha concluiu que, para executar ações de sabotagem em cabos submarinos seriam necessárias embarcações especializadas, profissionais treinados e equipamentos avançados, pois essas operações são muito complexas”, explica Romualdo Rocha.

Integrante do Zmax Blue Ship Group, a Blue Marine Telecom é a empresa responsável pela implantação de dois dos maiores projetos relacionados a cabos submarinos em andamento atualmente no mundo, com as malhas ópticas submarinas nas bacias de Santos e de Campos – cada uma delas ligando uma série de plataformas de exploração e produção de óleo e gás a estações em terra. E, com equipe especializada própria no Brasil, está também a cargo da manutenção do sistema óptico submarino Brasil Doméstico, instalado ao longo da costa brasileira e operado pela Claro. Um serviço em que a Blue Marine tem demonstrado seu compromisso com a redução do tempo de reparo e a plena recuperação das operações do sistema, tendo como consequência natural a redução de custos relativos a operação de reparo e satisfação dos clientes finais.

Arquivos