IX Fórum Fortaleza tem participação da Blue Marine

Nos os dias 4 e 5 de junho de 2025 a capital cearense recebeu a terceira edição do IX Fórum Fortaleza, evento realizado sob a organização e coordenação do Nic.Br e que tem como objetivo incentivar o diálogo sobre questões relevantes para o desenvolvimento da Internet no Brasil e no mundo, com foco em sua infraestrutura técnica e no papel dos Internet Exchanges (Pontos de Troca de Tráfego). Na ocasião, a Blue Marine Telecom foi representada por seu gerente de desenvolvimento de negócios, Romualdo Rocha, que foi também um dos palestrantes, apresentando o tema “Cabos Submarinos: panorama atual e futuro”.

Em sua apresentação, Romualdo falou sobre os sistemas de cabos submarinos hoje existentes no Brasil e, também, dos novos projetos, previstos e em execução para o segmento. “O nosso país é um hub vital para a internet global e hoje conta com 16 sistemas de cabos que nos conectam ao resto do mundo. E desses cabos, 10 chegam a Fortaleza, mais precisamente à Praia do Futuro”, lembrou Romualdo.

Ele comentou que essa concentração tem sido motivo de alerta para as autoridades brasileiras, como o Gabinete se Segurança Institucional da Presidência (GSI/PR), a Marinha, a Anatel e o Ministério das Comunicações, por conta da preocupação com a resiliência e a segurança de nossa conexão digital. “Por esse motivo, a busca por novos pontos de aterrissagem de cabos, em outros pontos da costa brasileira, é hoje uma prioridade”, explicou o gerente.

Sem mencionar especificamente a capacidade e ocupação dos cabos já existentes no país – pois essas informações são estratégicas para as operadoras e, portanto, confidenciais –, Romualdo deu aos presentes uma visão geral da robustez da infraestrutura brasileira, usando para isso dados públicos sobre alguns dos cabos, como sua capacidade de transmissão em Terabits por segundo (Tbps) e a quantidade de pares de fibras que possuem.

Os novos projetos e desafios

“Não podemos falar, hoje, em perspectivas e em novos projetos no segmento dos cabos submarinos sem destacar a crescente participação de empresas como o Google e a Meta, as chamadas big techs ou OTTs (Over-The-Top)”, disse Romualdo. “Por exemplo, embora ainda não esteja confirmado oficialmente, já circula pelas redes sociais que deve ser implantada uma extensão do cabo Ellalink para as proximidades de Belém/PA ou alguma localidade no Maranhão, a despeito de o projeto inicial prever sua chegada na Guiana Francesa. Isso ilustra bem o dinamismo desse setor”, comentou.

A complexidade para se fabricar cabos de fibra óptica e a falta de disponibilidade de embarcações especializadas para atuar nas instalações, porém, têm grande influência no prazo para a entrada em operação dos novos projetos já contratados. “Esse prazo, hoje, é de três a quatro anos”, revelou Romualdo Rocha.

A capacidade de encurtar esse prazo é justamente um dos motivos que têm destacado a Blue Marine Telecom no mercado. “Nossa empresa tem toda a capacitação e acumula experiência na construção de malhas ópticas submarinas de alta complexidade, como as que implantamos para conectar as plataformas de petróleo nas bacias de Santos e de Campos”, disse o gerente.

Além disso, a Blue Marine conta com importantes parcerias, que lhe garantem o fornecimento de cabos e demais equipamentos dentro dos cronogramas estabelecidos para os projetos, e também a disponibilidade de navios para a manutenção de cabos e para instalação – em especial o Bold Maverick, da SBSS, que vem sendo utilizado nas implantações de malhas submarinas no Brasil. “A Blue Marine está plenamente capacitada para atuar nos mercados das Américas e na costa oeste da África, e atender a crescente demanda por infraestrutura digital nessas regiões”, afirmou Romualdo Rocha.

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